MARIO DE ANDRADE - BIBLIOGRAFIA

Bibliografia

* Há uma Gota de Sangue em Cada Poema, 1917
* Pauliceia Desvairada, 1922
* A Escrava que Não É Isaura, 1925
* Losango Cáqui, 1926
* Primeiro Andar, 1926
* A Clã do Jabuti, 1927
* Amar, Verbo Intransitivo, 1927
* Ensaios Sobra a Música Brasileira, 1928
* Macunaíma, 1928
* Compêndio Da História Da Música, 1929 (Reescrito como Pequena História da Música Brasileira, 1942)
* Modinhas Imperiais, 1930
* Remate de Males, 1930
* Música, Doce Música, 1933
* Belasarte, 1934
* O Aleijadinho de Álvares De Azevedo, 1935
* Lasar Segall, 1935
* Música do Brasil, 1941
* Poesias, 1941
* O Movimento Modernista, 1942
* O Baile das Quatro Artes, 1943
* Os Filhos da Candinha, 1943
* Aspectos da Literatura Brasileira 1943
* O Empalhador de Passarinhos, 1944
* Lira Paulistana, 1945
* O Carro da Miséria, 1947
* Contos Novos, 1947
* O Banquete, 1978
* Dicionário Musical Brasileiro, 1989
* Será o Benedito!, 1992

Legado

Andrade morreu em sua residência em São Paulo devido a um enfarte do miocárdio, em 25 de fevereiro de 1945, quando tinha 51 anos. Dadas as suas divergências com o regime, não houve qualquer reação oficial significativa antes de sua morte. Dez anos mais tarde, porém, quando foram publicados em 1955, Poesias completas, quando já havia falecido Vargas, começou a consagração de Andrade como um dos principais valores culturais no Brasil. Em 1960 foi dado o seu nome à Biblioteca Municipal de São Paulo.

Apenas 50 anos após a morte do escritor a questão da sexualidade de Mário de Andrade foi abordada em livro por Moacir Werneck de Castro, que referiu que na sua roda de amigos não se suspeitava que fosse homossexual, "supúnhamos que fosse casto ou que tivesse amores secretos. Se era ou não, isso não afeta a sua obra, nem seu caráter". E só em 1990, o seu amigo António Cândido se referiu directamente ao assunto: "O Mário de Andrade era um caso muito complicado, era um bissexual, provavelmente". O episódio do rompimento de relações com Oswald de Andrade é hoje largamente citado: Oswald ironizou que Mário se "parecia com Oscar Wilde por detrás" e referia-se a ele como "Miss São Paulo". No entanto, persiste fortemente nos meios académicos um "silêncio" sobre o assunto, como se a discussão sobre a sexualidade do "pai" da cultura brasileira pudesse manchar o património genético intelectual brasileiro.